A
Assembleia Nacional da França aprovou a união
civil entre pessoas do mesmo sexo depois de meses de acalorados
debates e manifestações que levaram centenas de milhares de pessoas
às ruas de Paris. O projeto de lei passou com 331 votos a favor e
225 contra na Assembleia Nacional, onde o Partido Socialista possui
maioria.
Com isso,
a França tornou-se o 14º país no mundo a legalizar a união civil
entre pessoas do mesmo sexo. Recentemente, Nova Zelândia e Uruguai
aprovaram o casamento gay em meio a muito menos controvérsia.
A
ministra francesa da Justiça, Christiane Taubira, disse que os
primeiros casamentos poderão ser realizados já em junho.
Os
críticos da lei alegam que a França não estaria "preparada"
para legalizar a adoção de crianças por casais homossexuais.
Pesquisas mostram os franceses bastante divididos em relação ao
tema.
Antes da
votação, milhares de policiais armados com canhões de água
posicionaram-se nos arredores da Assembleia Nacional. As autoridades
se preparavam para eventuais episódios de violência, já que o
assunto é controverso e nas últimas semanas foram registrados
grandes protestos em todo o país.
Quando o
presidente François Hollande prometeu legalizar o casamento gay, o
assunto foi visto como relativamente controverso. Mas a questão
acabou ganhando um destaque inesperado, enquanto a popularidade do
presidente caiu para níveis muito baixos, em função da fragilidade
da economia francesa.
Uma das
maiores adversárias do projeto, uma comediante conhecida por Frigide
Barjot, disse que os protestos vão continuar mesmo após a aprovação
da lei e que o movimento "Um protesto para todos" pode
indicar candidatos para as eleições municipais de 2014. Ela
comentou que todos os envolvidos em protestos violentos serão
excluídos do grupo, mas acusou o governo de não ouvir a população.
"A violência é resultado da forma como isso foi imposto",
afirmou.
A união
civil entre homossexuais era permitida na França desde 1999, mas a
legislação não autorizava a adoção de crianças, um dos pontos
mais polêmicos do novo projeto.
Fonte site Associated
Press.
ótima essa lei. Agora falta o Brasil agir.
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