Os
problemas de gestão no âmbito municipal e os impasses causados pela
Lei 8.666/1993, que trata das licitações na Administração
Pública, estão sendo discutidos em Brasília, em seminário
promovido pela Associação Brasileira de Municípios (ABM).
Prefeitos
e técnicos governamentais defenderam a reformulação do
dispositivo, conhecido como Lei de Licitações, que conta com 400
propostas de mudança em tramitação no Congresso Nacional. Uma das
características da lei mais criticadas foi o critério do menor
preço numa contratação.
Segundo
o presidente da ABM, Eduardo Pereira, fazer contratações ao preço
mais baixo alcançado nas licitações "é problemático".
Ele exemplificou o caso de uma obra inacabada em seu município
(Várzea Grande, em São Paulo) que foi abandonada pela construtora,
“ficando o trecho pior do que estava".
Para
Eduardo Pereira, há uma série de outras exigências em vigor que
travam os procedimentos administrativos e, no entanto não têm
impedido a ocorrência de casos de corrupção. “Da forma como
está, as obras deixam de ser feitas”, alegou.
O
representante da Frente Parlamentar Mista para Aperfeiçoamento da
Gestão Administrativa, Aroldo Nunes, concordou com o presidente da
ABM na crítica ao critério do menor preço. "Isso gera o
grande número de obras inacabadas que existe, porque os custos
acarretam depois a falta de recursos para concluí-las". Ele
entende que a melhor fórmula para punir irregularidades nas obras
públicas é aumentar o tamanho das penalidades.
Nunes critica também o
excesso de cotas previstas em lei para grupos específicos de
trabalhadores. "Se todas forem atendidas, não sobrará espaço
para pessoal qualificado e os projetos ou não vão acontecer e ou
darão prejuízo”, afirmou.
Fonte: Correio Braziliense
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