O presidente eleito do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro
Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quarta-feira (13), em conversa com
jornalistas que, durante sua gestão, procurará contribuir para aumentar o
diálogo entre os Poderes, com a advocacia, a magistratura e o
Ministério Público, tendo sempre em vista o objetivo de melhorar a
prestação dos serviços jurisdicionais.
O ministro informou, também, que irá priorizar o julgamento dos
Recursos Extraordinários com repercussão geral reconhecida, para evitar o
congestionamento dos processos em instâncias inferiores, pois estes
recursos causam o sobrestamento de processos semelhantes, fazendo com
que, muitas vezes, os jurisdicionados aguardem por anos até que sua
questão levada a juízo seja solucionada.
“Nós daremos prioridade a esses recursos, mas sem esquecer das Ações
Diretas de Inconstitucionalidade que estão há muito tempo aguardando
julgamento”, explicou.
O presidente eleito declarou, ainda, que pretende utilizar os
instrumentos de democracia participativa introduzidos com a Constituição
Federal de 1988 para aproximar a Justiça dos cidadãos. O ministro
frisou que pretende ampliar as audiências públicas, facilitar a
participação de amicus curiae (terceiros interessados) e promover
formas alternativas de solução de controvérsias de forma que nem todos
os litígios tenham que ser judicializados.
Segundo o ministro, entre as formas alternativas de resolução de
controvérsias estão a conciliação, a mediação e a arbitragem. O objetivo
é evitar que conflitos menores sejam levados ao Judiciário e possam ser
resolvidos pela própria sociedade.
“Nós temos hoje no país cerca de 100 milhões de processos em
tramitação para apenas 18 mil juízes federais, estaduais, do trabalho,
eleitorais e militares. A razão da demora é essa enorme litigiosidade
que não é só do povo brasileiro, mas sim do mundo contemporâneo”,
concluiu.
Fonte site STF
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